domingo, 28 de março de 2010

Discussões Estéreis ou Linguagem Articulada...


DISCUSSÕES ESTÉREIS

A linguagem articulada é um dos grandes dons que felicitam a humanidade, distinguindo-a no concerto da criação.

Mediante a linguagem transmitem-se tesouros de pensamento e cultura, tratando-se de um elemento facilitador do progresso.

Importa preservar esse valioso recurso, dando-lhe destinação útil.

Assim verifique o modo como você utiliza a palavra.

Cuide para que esse dom não se converta em instrumento de suplício para seus semelhantes.

É natural e mesmo esperado que você busque compartilhar com o próximo seus ideais e experiências.

Encontrando-se convencido do acerto do seu modo de ver e perceber a vida, pode experimentar a tentação de converter os demais.

Para bem evidenciar a correcção de seu pensamento, talvez ache necessário empenhar-se em infindáveis discursos e longas discussões.

Contudo, com esse proceder, bem cedo se tornará cansativo aos seus amigos e familiares.

Uma coisa é trocar ideias com os semelhantes, com humildade e delicadeza, ouvindo e reflectindo sobre o que eles têm a dizer.

Outra, bem diferente e antipática, é tentar impor às consciências alheias a sua forma peculiar de entender o mundo.

Constitui sinal de vaidade pensar que apenas você foi brindado com a capacidade de perceber a realidade que o cerca.

É razoável pretender que todos os que o rodeiam permanecem nas trevas da ignorância?

Já imaginou que talvez eles, com mais brilho do que você, compreendam a vida sob prismas mais profundos e lógicos?

Nesse caso, o que os mantém em silêncio não será a humildade?

Ou talvez seja a generosidade que os impede de tentar convencê-lo, por perceberem que você ainda não possui condições para acompanhar-lhes o raciocínio.

É importante pensar nisso antes de assumir o papel de conversor compulsório dos semelhantes.

Mas imaginemos que o seu sistema de pensar e sentir realmente seja o melhor.

Isso o autoriza, de algum modo, a forçar as consciências dos outros?

Se ainda ontem você não havia entendido a lição que hoje quer ensinar, trata-se de um eloquente sinal de que tudo no mundo tem o seu momento próprio.

É natural que você deseje ver seus amores no melhor caminho, mas violentar o modo de sentir do próximo cria apenas resistência.

Saber respeitar o nível de entendimento dos outros é sinal de sabedoria e de maturidade.

Qualquer corrente filosófica, política ou religiosa que não contenha em suas bases o respeito ao ser humano possui grave falha.

Entretanto, sendo impróprio a você impor suas ideias, nada o impede de evidenciá-las diariamente pelo exemplo.

Assim, viva com a pureza possível de conformidade com os seus ideais.

Torne a sua conduta recta o reflexo de seus pensamentos.

Sendo sublimados os seus actos, os outros não tardarão a perceber a beleza da teoria que os embasa.

Não se perca, pois, em estéreis discussões.

Não enfade seus ouvintes com arengas repetitivas.

Respeite o livre-arbítrio dos que o cercam.

No mundo, é importante dizer o necessário.

Mas também é preciso não perder tempo com quem não tem interesse em suas palavras.

Pense nisso.
Momento espírita

Ametista

segunda-feira, 8 de março de 2010

Desabafo de uma mulher rebelde...


Desabafo de uma mulher rebelde...


São 7h. O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede.

Estou TÃO acabada, não queria ter que trabalhar hoje. Quero ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando até. Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas.

Aquário? Olhando os peixinhos nadarem. Espaço? Fazendo alongamento. Leite condensado? Brigadeiro. Tudo menos sair da cama, engatar uma primeira e colocar o cérebro para funcionar.

Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a matriz das feministas que teve a infeliz ideia de reivindicar direitos à mulher, e por quê ela fez isso connosco, que nascemos depois dela. Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós, elas passavam o dia a bordar, a trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando crianças, frequentando saraus... A vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária. Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã, tampouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com ideias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço". Que espaço, minha filha? Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo ao seus pés. Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, e se exibir para os amigos..., que raio de direitos requerer?

Agora eles estão aí, todos confusos, não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo da cruz. Essa brincadeira de vocês acabou é nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda.

Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do volei - e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard e, se duvidar, nem volei.

Por quê, me digam, por quê um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o "macharedo"? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo. Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, que sapatos, acessórios, que perfume combina com o meu humor, nem de ter que sair correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia erecta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas. Somos fiscalizadas e cobradas por nós mesmas a estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, cheirosas, unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especializações. Viramos super mulheres, continuamos a ganhar menos do que eles.

Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço? Chega!, eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela - ai, meu Deus, 7h 30min, tenho que levantar!, - e tem mais, que chegue do trabalho, sente no sofá, coloque os pés para cima e diga: "meu bem, me traz uma dose de whisky, por favor?", descobri que nasci para servir. Vocês pensam que eu estou ironizando? Estou falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna... Troco pelo de Amélia. Alguém se habilita?

Autor anónimo


Por: Ametista

quarta-feira, 3 de março de 2010

Momento de Reflexão...




Elogiar:

O ser humano é feito, entre outras coisas, de sonhos, ideias e expectativas...

O futuro, apesar dos percalços e obstáculos do presente, sempre se desenha com bons ventos, melhorias e conquistas.
Por isso, sempre devemos prosseguir lutando, doando o melhor de nós na busca dos objectivos e metas.

Nesse percurso, à medida que nos esforçamos, alcançamos degraus intermediários e vitórias parciais que nos animam e estimulam ir avante. Ser reconhecido pelos que nos cercam, parentes ou colegas de trabalho, é um grande incentivo.

Aprendamos a elogiar as boas atitudes, as ideias felizes, os esforços sinceros daqueles que caminham connosco, dizendo-lhes o quanto é importante trabalharmos juntos dedicadamente.

Evitemos porém, abrir a boca para a crítica desalentadora, tendo em mente que colhemos tudo o que plantamos.
O rigor desanima e afasta, tanto quanto as bajulações excessivas.

Elogiar é reconhecer as virtudes e os esforços dos outros, assim como gostaríamos que fizessem connosco.

( Do livro: Pequenas Atitudes )

Ametista