domingo, 4 de julho de 2010

Momento de Reflexão


Raciocinar é uma arte que merece uma reflexão mais detida por parte de todos nós. Mas, o que é raciocinar? Segundo os dicionários, raciocinar é fazer uso da razão para conhecer, para julgar a relação das coisas; ponderar; pensar. De maneira geral nós estamos a raciocinar a maior parte do nosso tempo, pois pensamos, fazemos cálculos, tiramos conclusões... Todavia, quando se trata de tomar decisões em nossas acções diárias, parece que nossa capacidade de raciocinar fica prejudicada ou é abafada pelo egoísmo. Quando estamos no trânsito, por exemplo, e há um veículo atravessado na rua, cujo motorista espera que alguém lhe dê a vez para poder seguir, a razão diz que se o deixarmos passar o tráfego fluirá melhor, beneficiando a todos, mas geralmente não é esta a nossa decisão. Quando passamos por um lugar onde houve um acidente, e há aglomeração de pessoas, ao invés de ouvirmos os apelos da razão para seguir em frente e não atrapalhar, o que fazemos? nos juntamos à multidão só para satisfazer a curiosidade e julgar a ocorrência sem conhecimento de causa. Se vamos assistir a um espectáculo, um evento qualquer, o bom senso nos adverte que o melhor é ocupar os lugares mais distantes dos corredores, para facilitar a entrada dos que chegarão depois. Porém, geralmente o que acontece , é que nos sentamos nas primeiras cadeiras e quem chegar depois que passe nos espaços apertados que deixamos. E, por vezes, ainda reclamamos pelo facto de ter que encolher as pernas para que os outros passem. Outra situação bastante sem propósito, é a das mães ou pais com crianças pequenas que ocupam lugares de difícil acesso. Se for um evento em que se faz necessário o silêncio, quando os pequenos começam a chorar ou gritar, esses pais perturbam a metade da plateia até chegarem às portas de saída. Todas essas situações poderiam ser evitadas se usássemos a arte de raciocinar, tomando sempre as decisões mais racionais. Nas questões emocionais, o raciocínio sempre é bom conselheiro, mas o que acontece amiúde, é que não lhe damos ouvidos,e preferimos agir como os irracionais. Se necessitamos chamar atenção de um filho, ou outro familiar, por exemplo, e percebemos que este chega nervoso, irritado, a razão nos aconselha deixar para outro momento, mas, infelizmente, nem sempre a ouvimos e despejamos sobre ele uma enxurrada de palavras ásperas, agravando a situação. Se o namorado ou namorada, marido ou mulher, nos diz que já não somos mais o amor da sua vida, a razão pede que nos afastemos, mas nem sempre é assim que agimos. E é por esse motivo que muitos crimes passionais são cometidos. Vale a pena prestar mais atenção nessa faculdade bendita que Deus nos deu, chamada RAZÃO. Se lhe déssemos ouvidos, aliando-a ao sentimento, por certo, evitaríamos muitos males, tanto para nós quanto para os outros. Pensem nisso! Quando suas vistas contemplarem as densas nuvens cinzentas que pairam há apenas alguns metros de altura, ouça com atenção a voz da razão a lhes dizer, com toda segurança que logo acima brilha o sol, soberano, que vencerá as trevas em pouco tempo.

Texto da Equipe de Redacção do Momento Espírita


Ametista



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