sábado, 24 de janeiro de 2009

Feliz 2009 de Frei Beto...










FELIZ ANO NOVO DE FREI BETO.
Feliz ano novo para os que acordam sem a ressaca da culpa, plenos de vida na qual a paixão sobrepuja a omissão e o encanto tece luzes onde a amargura costuma bordar teias de aranha.Feliz ano para quem não sonega afetos, arranca de si fontes onde borbulham transparências e não mira os que lhe são próximos como estranhos passageiros de uma viagem sem pouso, praias ou horizontes.Felizes aqueles que abandonam no passado seus excessos de bagagem e coração imponderável, recolhem à terra a pipa do orgulho e do tédio, generosos,ousam a humildade.Feliz ano novo para todos os que despertam hoje ao som de preces e agradecem o tido e o não havido, maravilhados pelo dom da vida, malgrado tantas rachaduras nas paredes, figos ressecados e gatos furtivos.Bom ano para quem gosta de feijão e se compraz nos grãos sobrados em prato alheio, a vida é dádiva, contracção do útero, desejo erecto, espírito glutão insaciado de Deus.Novo seja o ano para aqueles que nunca maldizem e possuem a própria língua,poupam palavras e semeiam fragrâncias nas veredas dos sentimentos.Seja feliz também o ano de quem se guarda no olhar e, se tropeça, não cai no abismo da inveja nem se perde em escuridões onde o pavor é o eco dos próprios temores.Novo ano para quem se recusa a ser tão velho que ambiciona tudo novo,corpo, carro e amor. Viver é graça para quem acaricia suas rugas e trata seus limites como cerca florida de choupana montanhosa.Tenham um feliz ano todos os que sabem ser gordos e felizes, endividados e alegres, carentes de afagos, mas repletos de vindouras fortunas em seus anseios.Feliz ano novo para os órfãos de Deus e de esperanças, e para os mendigos com vergonha de pedir, para os cavaleiros da noite e para as damas que jamais provaram do leite que carregam em seus seios.Felizes sejam também as mulheres que se matam de amor e de dor por quem não merece e, no espelho, se descobrem tão belas por fora quanto o sabem por dentro.Seja novo o ano para quem não conspira contra a vida alheia.Feliz ano novo para quem colecciona utopias, faz das suas mãos arado e com o próprio suor, rega as sementes que cultiva.Sejam muito felizes os velhos que não se disfarçam de jovens e os jovens que superam a velhice precoce, seus corações tragam a idade, alvíssara de emoções férteis.Muitas felicidades para os que trazem em si a casa do silêncio e à tarde,oferecem em suas varandas chocolate quente adocicado com sorriso de sabedoria.Um ano feliz para os que não se ostentam no poleiro da vaidade, tratam a morte sem estranheza e brincam com a criança que os habita.Um ano novo muito feliz para todos nós que juramos sequestrar os vícios que carregamos e não pagar o resgate da dependência, o futuro nos fará magros por comer menos, saudáveis por fumar oxigénio, solidários por partilhar dons e bens....

Um abraço...
Ametista














sábado, 17 de janeiro de 2009

Call Center...




VINGANÇA DO CLIENTE(Toca o telefone...)Olá! Bom dia..., poderia falar com o responsável pela linha telefónica?Pois não, pode ser comigo mesmo.
Com quem estou a falar , por favor?
Edson.- Sr. Edson, aqui é da Telefónica XPTO , estamos a contactá-lo para oferecer a promoção de uma linha adicional, onde o senhor tem direito...- Desculpe interromper, mas quem está a falar? Aqui é Rose Mary, da Telefónica XPTO, e estamos a contactá-lo para...Senhora Rose Mary,peço desculpas, mas para nossa segurança, gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa consigo, pode ser?- Com certeza. De que telefone a senhora fala? o meu não identificou a chamada.- 10331. A senhora trabalha em que área, na Telefónica XPTO? - Telemarketing Pró-Activo.- A senhora tem número de matrí­cula na empresa?
-Senhor, peço desculpas, mas não creio que esta informação seja necessária.- Então terei que desligar, pois não posso ter segurança de que falo com uma funcionária da Telefónica XPTO. São normas de nossa casa.- Eu posso garantir Senhor...- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a Telefónica XPTO e outras...- Sim, a minha matrícula é: 34591212. - Só um momento enquanto verifico,Por favor não desligue.( Cinco minutos depois )Só um momento por favor, os nossos sistemas estão lentos hoje...
Pronto Sehora Rose Mary, obrigado pelo tempo de espera. Qual o assunto?
Falo da telefónica XPTO, no âmbito de uma promoção em que o senhor tem direito a uma linha adicional. O senhor Edson tem interesse?
Sra. Rose Mary, vou passar à minha esposa, ela é que trata dos assuntos de telecomunicações, um momento, por favor não desligue, esta ligação é muito importante para nós.
( Cliente põe o telefone em frente o aparelho de som e deixa tocar a música "Quero Cheirar Seu Bacalhau"- Quim Barreiros ), três vezes...
Finalmente a esposa do sr. Edson atende.Estou! Obrigada pelo tempo de espera. Poderia me dizer o seu telefone porque o meu não identificouu a chamada... -
10331...- Com quem estou a falar por favor? Rose Mary.- Rose Mary de que?(Rose Mary, já demonstrando uma certa irritação )Qual a sua identificação da Empresa?
34591212 ( mais irritada agora )- Obrigada pelas informações e iformamos que para sua segurança, a partir deste momento esta ligação está a ser gravada.Em que posso ajudá-la? -
O meu nome é Rose Mary, estou a contactá-la para oferecer a promoção de uma linha telefónica adicional, a senhora está interessada? - Senhora Rose Mary, dentro de alguns dias estaremos a abrir uma outra loja, então entraremos em contacto com os senhores para falarmos melhor do assunto. A senhora quer anotar o número do protocolo??
Senhora Rose Mary? Alô!! alô.. alô...
Ametista

Mentira é sempre mentira...





Certa feita, uma revista de circulação nacional apresentou reportagem acerca da mentira, mostrando-a como um ingrediente fundamental do jeitinho brasileiro. Mais ou menos no mesmo período, determinado programa televisivo ofereceu a oportunidade aos telespectadores de opinarem se um personagem deveria ou não mentir para vingar um crime do passado, ainda impune. A mentira venceu por larga margem. Isso demonstra como estamos nos habituando com a mentira e a estamos utilizando, em nosso cotidiano. Mentimos para obter algum benefício, para preservação da nossa imagem, para evitar um sentimento de vergonha, por verdadeira covardia. Assim, um amigo não diz ao outro o que realmente pensa e deseja dele. Se o amigo possui defeitos, em vez de alertá-lo a respeito, bate-lhe nas costas e com uma frase reticente, permite àquele interpretar que tudo vai muito bem. A mãe mente para o filho pequeno, afirmando que já volta, e na verdade se ausenta por longas horas. Servem-se da mentira alguns que afirmam serem técnicos em tal ou qual área, não passando, na verdade, de meros aprendizes. Utilizam a mentira aqueles que oferecem um produto como sendo de primeira linha, quando não o é. Mentem todos aqueles que fazem promessas, sabendo antecipadamente que jamais as poderão cumprir. Natural que tal clima gere desconfiança e descrença, itens que presidem ao relacionamento actual das criaturas. Há quem acredite ser normal a criança mentir e somente ser sintoma de enfermidade no adulto. Contudo, o mentiroso é sempre alguém enfermo. E em razão mesmo de sua forma de proceder, se torna desacreditado, mesmo quando se expresse de forma correta e verdadeira. Para quem está habituado à mentira, se torna muito natural alterar o conteúdo ou a apresentação dos fatos, manipulando-os ao seu bel prazer. As raízes da mentira se encontram no lar instável, mal formado, quando não emanam dos conflitos da personalidade, que induzem o ser à fuga da realidade e ao culto da fantasia. Faz-se imperioso que se estabeleça uma disciplina rígida na arte de falar, procurando repetir o que se ouviu exactamente como se escutou; o que se viu da forma mesma como aconteceu, evitando-se interpretar o que se pensa em torno do assunto, que nem sempre corresponde aos fatos. Esta é uma maneira de vital importância para se abandonar o vício da mentira. Não há necessidade de mentir, e toda vez que nos servirmos da mentira, estaremos demonstrando um distúrbio de comportamento, que precisa urgentemente ser corrigido.* * * Mentir compulsivamente é um distúrbio da imaginação chamado mitomania. A verdade deve ser sempre dita com naturalidade, sem alarde, mas na íntegra, jamais adornada de fantasias ou conclusões pessoais.
(Redacção do Momento Espírita, com base no artigo O império das meias-verdades, publicado pela Revista Isto é, nº 1466 e no cap. 3 do livro Vida: desafios e soluções, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed.Leal.)(
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2085&stat=0)




Ametista

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Feliz Ano Novo!!!






31 de Dezembro...
Tudo parecia bem.
O dia começara da melhor forma possível, uma manhã com muitas nuvens mas nada que pudesse mudar a rotina daquele último dia do ano .
Logo no início da manhã algo que havia sido encomendado, chegara antes que houvesse tempo para que pensássemos diferente...
Seguiu-se da seguinte forma: Uma passagem pelo salão de beleza, algumas compras, almoço, limpezas, arrumação da casa e claro, a preparação da mesa para o último jantar do ano, e de preferência com uma mesa farta, sem esquecer nenhum detalhe.
Há muitas maneiras de se celebrar a chegada do ano novo: Uns gostam de beber, comer, ir para a rua, gritar, soltar fogo de artifício. Outros gostam de ficar em casa com familiares e amigos num bom convívio, saborear uma boa comida e no último segundo estoirar o champanhe! E assim se comemora até o novo dia clarear para depois chegar à cama e dormir o sono de um novo dia e começo do ano que se inicia...
Poderia ter sido desta forma se aos 20 minutos da meia noite, um dos convidados não tivesse resolvido fazer uma análise dos 365 dias passados e no final, entrado em estado depressivo... Uma preocupação para o grupo que com toda a animação e o saltar da rolha de cortiço da garrafa de champanhe, acompanhado do grito eufórico de de FELIZ ANO NOVO!!!! tudo tenha voltado a normalidade seguido de abraços festivos de todos e o brinde de boas vindas de 2009!
Ametista