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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Momento de Reflexão...
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Uma Certa Oferta de Trabalho...
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Alma do Mundo
A arte de resolver conflitos
A arte de resolver conflitos
O trem atravessava sacolejando os subúrbios de Tóquio numa modorrenta tarde de primavera. Um dos vagões estava quase vazio: apenas algumas mulheres e idosos e um jovem lutador de Aikidô. O jovem olhava, distraído, pela janela, a monotonia das casas sempre iguais e dos arbustos cobertos de poeira. Chegando a uma estação as portas se abriram e, de repente, a quietude foi rompida por um homem que entrou cambaleando, gritando com violência palavras sem nexo. Era um homem forte, com roupas de operário. Estava bêbado e imundo. Aos berros, empurrou uma mulher que carregava um bebê ao colo e ela caiu sobre uma poltrona vazia. Felizmente nada aconteceu ao bebê. O operário furioso agarrou a haste de metal no meio do vagão e tentou arranca-la. Dava para ver que uma das suas mãos estava ferida e sangrava. O trem seguiu em frente, com os passageiros paralisados de medo e o jovem se levantou. O lutador estava em excelente forma física. Treinava oito horas todos os dias, há quase três anos. Gostava de lutar e se considerava bom de briga. O problema é que suas habilidades marciais nunca haviam sido testadas em um combate de verdade. Os alunos são proibidos de lutar, pois sabem que Aikidô "é a arte da reconciliação. Aquele cuja mente deseja brigar perdeu o elo com o universo. Por isso o jovem sempre evitava envolver-se em brigas, mas no fundo do coração, porém, desejava uma oportunidade legítima em que pudesse salvar os inocentes, destruindo os culpados. Chegou o dia! Pensou consigo mesmo. Há pessoas correndo perigo e se eu não fizer alguma coisa é bem possível que elas acabem se ferindo. O jovem se levantou e o bêbado percebeu a chance de canalizar sua ira. Ah! Rugiu ele. Um valentão! Você está precisando de uma lição de boas maneiras! O jovem lançou-lhe um olhar de desprezo. Pretendia acabar com a sua raça, mas precisava esperar que ele o agredisse primeiro, por isso o provocou de forma insolente. Agora chega! Gritou o bêbado. Você vai levar uma lição. E se preparou para atacar. Mas, antes que ele pudesse se mexer, alguém deu um grito: Hei! O jovem e o bêbado olharam para um velhinho japonês que estava sentado em um dos bancos. Aquele minúsculo senhor vestia um quimono impecável e devia ter mais de setenta anos... Não deu a menor atenção ao jovem, mas sorriu com alegria para o operário, como se tivesse um importante segredo para lhe contar. Venha aqui disse o velhinho, num tom coloquial e amistoso. Venha conversar comigo insistiu, chamando-o com um aceno de mão. O homenzarrão obedeceu, mas perguntou com aspereza: por que diabos vou conversar com você? O velhinho continuou sorrindo. O que você andou bebendo? Perguntou, com olhar interessado. Saquê rosnou de volta o operário e não é da sua conta! Com muita ternura, o velhinho começou a falar da sua vida, do afecto que sentia pela esposa, das noites que sentavam num velho banco de madeira, no jardim, um ao lado do outro. Ficamos olhando o pôr-do-Sol e vendo como vai indo o nosso caquizeiro, comentou o velho mestre. Pouco a pouco o operário foi relaxando e disse: é, é bom. Eu também gosto de caqui... São deliciosos concordou o velho, sorrindo. E tenho certeza de que você também tem uma óptima esposa. Não, falou o operário. Minha esposa morreu. Suavemente, acompanhando o balanço do trem, aquele homenzarrão começou a chorar. Eu não tenho esposa, não tenho casa, não tenho emprego. Eu só tenho vergonha de mim mesmo. Lágrimas escorriam pelo seu rosto. E o jovem estava lá, com toda sua inocência juvenil, com toda a sua vontade de tornar o mundo melhor para se viver, sentindo-se, de repente, o pior dos homens. O trem chegou à estação e o jovem desceu. Voltou-se para dar uma última olhada. O operário escarrapachara-se no banco e deitara a cabeça no colo do velhinho, que afagava com ternura seus cabelos emaranhados e sebosos. Enquanto o trem se afastava, o jovem ficou meditando... O que pretendia resolver pela força foi alcançado com algumas palavras meigas. E aprendeu, através de uma lição viva, a arte de resolver conflitos. Ametista Autor: Equipe de Redacção do Momento Espírita, adaptação de conto do livro "Histórias da alma, histórias do coração", Editora Pioneira. |
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Um Tesouro Encontrado...
domingo, 4 de julho de 2010
Momento de Reflexão
Raciocinar é uma arte que merece uma reflexão mais detida por parte de todos nós. Mas, o que é raciocinar? Segundo os dicionários, raciocinar é fazer uso da razão para conhecer, para julgar a relação das coisas; ponderar; pensar. De maneira geral nós estamos a raciocinar a maior parte do nosso tempo, pois pensamos, fazemos cálculos, tiramos conclusões... Todavia, quando se trata de tomar decisões em nossas acções diárias, parece que nossa capacidade de raciocinar fica prejudicada ou é abafada pelo egoísmo. Quando estamos no trânsito, por exemplo, e há um veículo atravessado na rua, cujo motorista espera que alguém lhe dê a vez para poder seguir, a razão diz que se o deixarmos passar o tráfego fluirá melhor, beneficiando a todos, mas geralmente não é esta a nossa decisão. Quando passamos por um lugar onde houve um acidente, e há aglomeração de pessoas, ao invés de ouvirmos os apelos da razão para seguir em frente e não atrapalhar, o que fazemos? nos juntamos à multidão só para satisfazer a curiosidade e julgar a ocorrência sem conhecimento de causa. Se vamos assistir a um espectáculo, um evento qualquer, o bom senso nos adverte que o melhor é ocupar os lugares mais distantes dos corredores, para facilitar a entrada dos que chegarão depois. Porém, geralmente o que acontece , é que nos sentamos nas primeiras cadeiras e quem chegar depois que passe nos espaços apertados que deixamos. E, por vezes, ainda reclamamos pelo facto de ter que encolher as pernas para que os outros passem. Outra situação bastante sem propósito, é a das mães ou pais com crianças pequenas que ocupam lugares de difícil acesso. Se for um evento em que se faz necessário o silêncio, quando os pequenos começam a chorar ou gritar, esses pais perturbam a metade da plateia até chegarem às portas de saída. Todas essas situações poderiam ser evitadas se usássemos a arte de raciocinar, tomando sempre as decisões mais racionais. Nas questões emocionais, o raciocínio sempre é bom conselheiro, mas o que acontece amiúde, é que não lhe damos ouvidos,e preferimos agir como os irracionais. Se necessitamos chamar atenção de um filho, ou outro familiar, por exemplo, e percebemos que este chega nervoso, irritado, a razão nos aconselha deixar para outro momento, mas, infelizmente, nem sempre a ouvimos e despejamos sobre ele uma enxurrada de palavras ásperas, agravando a situação. Se o namorado ou namorada, marido ou mulher, nos diz que já não somos mais o amor da sua vida, a razão pede que nos afastemos, mas nem sempre é assim que agimos. E é por esse motivo que muitos crimes passionais são cometidos. Vale a pena prestar mais atenção nessa faculdade bendita que Deus nos deu, chamada RAZÃO. Se lhe déssemos ouvidos, aliando-a ao sentimento, por certo, evitaríamos muitos males, tanto para nós quanto para os outros. Pensem nisso! Quando suas vistas contemplarem as densas nuvens cinzentas que pairam há apenas alguns metros de altura, ouça com atenção a voz da razão a lhes dizer, com toda segurança que logo acima brilha o sol, soberano, que vencerá as trevas em pouco tempo. Texto da Equipe de Redacção do Momento Espírita Ametista |
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Até já Saramago...
domingo, 25 de abril de 2010
Revolução dos Cravos
Grândola Vila Morena Terra da fraternidade povo é quem mais ordena Dentro de ti ó cidade
Dentro de ti ó cidade povo é quem mais ordena Terra da Fraternidade Grândola Vila Morena
Em cada esquina um amigo Em cada rosto igualdade Grândola Vila Morena Terra da fraternidade
Terra da fraternidade Grândola Vila Morena Em cada rosto igualdade o povo é quem mais ordena
À sombra de uma azinheira Que já não sabia a idade Jurei ter por companheira Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade Jurei ter por companheiras à sombra de uma azinheira Que já não sabia a idade
José Afonso
Um taxista especial...
Um taxista especial
Os noticiários da televisão, vez por outra, mostram factos que nos emocionam, pela grandeza de seus personagens. Foi o que aconteceu com um indiano muito especial, chamado Sharma. Cidadão da índia, homem simples e sem recursos financeiros, percebendo as crianças de seu país crescendo sem as mínimas possibilidades de frequentar uma escola, resolveu fazer alguma coisa concreta para ajudá-las. Mudou-se para os Estados Unidos e foi trabalhar como taxista em Nova Iorque. O salário não era o bastante, mas não importava o tempo que levasse, ele estava disposto a ajudar seus irmãos indianos. Assim se propôs, assim o fez. Tudo o que ele conseguia guardar, eram dez dólares por dia. O cofre era um pequeno pote sem tampa no qual sua esposa depositava diariamente a pequena importância. Em pouco mais de dois anos ele conseguiu guardar cerca de U$ 7.000 (sete mil) dólares. Com esse valor construiu uma escola em sua cidade natal para atender dezenas de crianças, principalmente meninas, que têm mais dificuldade de acesso à educação naquele País. Mas aquele indiano especial não parou por aí. Continuou trabalhando como taxista e enviando o salário dos seis professores que contratou para ensinar seus tutelados.Ele diz que seu sonho está parcialmente realizado, pois deseja construir uma escola de Segundo Grau para dar continuidade à instrução dos seus concidadãos. Não temos dúvidas de que ele conseguirá, pois já provou que tem disposição e coragem de arregaçar as mangas e fazer algo de útil em benefício dos pequeninos pobres da Índia. Ele é apenas um homem. Um cidadão comum, que paga seus impostos ao Governo e que poderia simplesmente ter cruzado os braços como muitos de nós, esperando que alguém tomasse providências, mas preferiu fazer a sua parte. Possibilitando a educação aos futuros homens e mulheres de seu país, certamente modificará, em pouco tempo, aquela realidade. Apenas um cidadão... Apenas um pai de família, sem maiores recursos financeiros... Mas, seguramente, um homem com coragem bastante para tomar uma atitude grandiosa como essa e modificar uma situação. E você? Tem tido coragem de fazer algo para melhorar o seu lar, a sua rua, o seu bairro, a sua cidade? Ou você é daqueles que fica reclamando de tudo e de todos, esperando sempre que alguém tome providência? Vejamos que quem quer fazer alguma coisa, faz. Não espera pelos outros. Em outros Paíse também há inúmeros exemplos de atitudes nobres que modificam as situações mais difíceis. São em grande número as organizações não governamentais sérias, compostas por cidadãos dispostos a fazer a sua parte. E têm logrado êxito. Se você ainda não havia pensado nisso, pense agora. E não precisa começar um trabalho pioneiro sozinho. Basta unir-se a outros voluntários que já arregaçaram as mangas e estão fazendo a sua parte há muito tempo. "A melhor, mais eficiente e económica de todas as modalidades de assistência é a educação, por ser a única de natureza preventiva; não remedeia os males sociais; evita-os."
Livro O Mestre na educação, p. 5
domingo, 28 de março de 2010
Discussões Estéreis ou Linguagem Articulada...
A linguagem articulada é um dos grandes dons que felicitam a humanidade, distinguindo-a no concerto da criação.
Mediante a linguagem transmitem-se tesouros de pensamento e cultura, tratando-se de um elemento facilitador do progresso.
Importa preservar esse valioso recurso, dando-lhe destinação útil.
Assim verifique o modo como você utiliza a palavra.
Cuide para que esse dom não se converta em instrumento de suplício para seus semelhantes.
É natural e mesmo esperado que você busque compartilhar com o próximo seus ideais e experiências.
Encontrando-se convencido do acerto do seu modo de ver e perceber a vida, pode experimentar a tentação de converter os demais.
Para bem evidenciar a correcção de seu pensamento, talvez ache necessário empenhar-se em infindáveis discursos e longas discussões.
Contudo, com esse proceder, bem cedo se tornará cansativo aos seus amigos e familiares.
Uma coisa é trocar ideias com os semelhantes, com humildade e delicadeza, ouvindo e reflectindo sobre o que eles têm a dizer.
Outra, bem diferente e antipática, é tentar impor às consciências alheias a sua forma peculiar de entender o mundo.
Constitui sinal de vaidade pensar que apenas você foi brindado com a capacidade de perceber a realidade que o cerca.
É razoável pretender que todos os que o rodeiam permanecem nas trevas da ignorância?
Já imaginou que talvez eles, com mais brilho do que você, compreendam a vida sob prismas mais profundos e lógicos?
Nesse caso, o que os mantém em silêncio não será a humildade?
Ou talvez seja a generosidade que os impede de tentar convencê-lo, por perceberem que você ainda não possui condições para acompanhar-lhes o raciocínio.
É importante pensar nisso antes de assumir o papel de conversor compulsório dos semelhantes.
Mas imaginemos que o seu sistema de pensar e sentir realmente seja o melhor.
Isso o autoriza, de algum modo, a forçar as consciências dos outros?
Se ainda ontem você não havia entendido a lição que hoje quer ensinar, trata-se de um eloquente sinal de que tudo no mundo tem o seu momento próprio.
É natural que você deseje ver seus amores no melhor caminho, mas violentar o modo de sentir do próximo cria apenas resistência.
Saber respeitar o nível de entendimento dos outros é sinal de sabedoria e de maturidade.
Qualquer corrente filosófica, política ou religiosa que não contenha em suas bases o respeito ao ser humano possui grave falha.
Entretanto, sendo impróprio a você impor suas ideias, nada o impede de evidenciá-las diariamente pelo exemplo.
Assim, viva com a pureza possível de conformidade com os seus ideais.
Torne a sua conduta recta o reflexo de seus pensamentos.
Sendo sublimados os seus actos, os outros não tardarão a perceber a beleza da teoria que os embasa.
Não se perca, pois, em estéreis discussões.
Não enfade seus ouvintes com arengas repetitivas.
Respeite o livre-arbítrio dos que o cercam.
No mundo, é importante dizer o necessário.
Mas também é preciso não perder tempo com quem não tem interesse em suas palavras.
Pense nisso.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Desabafo de uma mulher rebelde...
Desabafo de uma mulher rebelde... | |
São 7h. O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou TÃO acabada, não queria ter que trabalhar hoje. Quero ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando até. Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas. Aquário? Olhando os peixinhos nadarem. Espaço? Fazendo alongamento. Leite condensado? Brigadeiro. Tudo menos sair da cama, engatar uma primeira e colocar o cérebro para funcionar. Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a matriz das feministas que teve a infeliz ideia de reivindicar direitos à mulher, e por quê ela fez isso connosco, que nascemos depois dela. Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós, elas passavam o dia a bordar, a trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando crianças, frequentando saraus... A vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária. Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã, tampouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com ideias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço". Que espaço, minha filha? Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo ao seus pés. Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, e se exibir para os amigos..., que raio de direitos requerer? Agora eles estão aí, todos confusos, não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo da cruz. Essa brincadeira de vocês acabou é nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda. Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do volei - e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard e, se duvidar, nem volei. Por quê, me digam, por quê um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o "macharedo"? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo. Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, que sapatos, acessórios, que perfume combina com o meu humor, nem de ter que sair correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia erecta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas. Somos fiscalizadas e cobradas por nós mesmas a estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, cheirosas, unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especializações. Viramos super mulheres, continuamos a ganhar menos do que eles. Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço? Chega!, eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela - ai, meu Deus, 7h 30min, tenho que levantar!, - e tem mais, que chegue do trabalho, sente no sofá, coloque os pés para cima e diga: "meu bem, me traz uma dose de whisky, por favor?", descobri que nasci para servir. Vocês pensam que eu estou ironizando? Estou falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna... Troco pelo de Amélia. Alguém se habilita? Autor anónimo Por: Ametista |