domingo, 29 de junho de 2008
A despedida...
sexta-feira, 27 de junho de 2008
" O Destino de cada um"
domingo, 22 de junho de 2008
Desilusão... Renúncia.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
O sonho acabou...
terça-feira, 17 de junho de 2008
Carências...
sábado, 14 de junho de 2008
A vida!
A ti, meu pai... onde quer que estejas.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
José...
E agora José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
E agora, você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
Está sem discurso,
Está sem carinho,
Já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?
com a chave na mão
quer abrir a porta,
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
mas você não morre,
você é duro, José
Sozinho no escuro
qual bicho- do- mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?
( Carlos Drumond Andrade )