sábado, 27 de dezembro de 2008
Morrer é Preciso...
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Mensagem de Natal
A música que vinha da casa
Como sempre fazia na véspera de Natal, o rei convidou o primeiro ministro para um passeio. Gostava de ver como enfeitavam as ruas – mas para evitar que os súbditos exagerassem nos gastos com o objectivo de agradá-lo, os dois sempre se disfarçavam com roupas de comerciantes que vinham de terras distantes.
Caminharam pelo centro, admirando as guirlandas de luz, os pinheiros, as velas acesas nos degraus das casas, as barracas que vendiam presentes, os homens, mulheres e crianças que saiam apressados para juntar-se a seus parentes e celebrarem aquela noite em torno de uma mesa farta.
No caminho de volta, passaram pelo bairro mais pobre; ali o ambiente era completamente distinto. Nada de luzes, velas, ou o cheiro gostoso de comida pronta para ser servida. Não se via quase ninguém na rua, e como fazia todos os anos, o rei comentou com o ministro que precisava prestar mais atenção aos pobres do seu reino. O ministro acenou positivamente com a cabeça, sabendo que em breve o assunto estaria de novo esquecido, enterrado na burocracia cotidiana, aprovação de orçamentos, discussões com emissários estrangeiros.
De repente, notaram que de uma das casas mais pobres vinha o som de uma música. O barraco mal construído, com várias frestas entre as madeiras apodrecidas, permitia que vissem o que se passava lá dentro, e era uma cena completamente absurda: um velho em uma cadeira de rodas que parecia chorar, uma jovem completamente careca que dançava, e um rapaz de olhar triste que tocava um tamborim e cantava uma canção do folclore popular.
- Vou ver o que está acontecendo – disse o rei.
Bateu à porta. O jovem interrompeu a música e veio atender.
- Somos mercadores em busca de um lugar para dormir. Escutamos a música, vimos que ainda estão acordados, e gostaria de saber se podemos passar a noite aqui.
- Os senhores encontrarão abrigo em algum hotel da cidade. Infelizmente não podemos ajudá-los; apesar da música, esta casa está cheia de tristeza e sofrimento.
- E podemos saber por que?
- Por minha causa – era o velho na cadeira de rodas que falava. – Durante toda a minha vida, procurei educar meu filho para que aprendesse caligrafia, de modo a ser um dos escribas do palácio. Entretanto, os anos se passavam e as novas inscrições para o cargo jamais foram abertas. Até que esta noite tive um sonho estúpido: um anjo aparecia e me pedia para que comprasse uma taça de prata, já que o rei iria me visitar, beber um pouco, e conseguir emprego para o meu filho.
“A presença do anjo era tão convincente que resolvi seguir o que dizia. Como não temos dinheiro, minha nora foi hoje de manhã até o mercado, vendeu seus cabelos, e compramos esta taça que está ai na frente. Agora eles tentam me alegrar, cantando e dançando porque é Natal, mas é inútil”.
O rei viu a taça de prata, pediu que servissem um pouco de água porque estava com sede, e antes de partir, comentou com a família:
- Que coincidência! Hoje mesmo estivemos com o primeiro ministro, e ele nos disse que as inscrições seriam abertas na semana que vem.
O velho acenou com a cabeça, sem acreditar muito no que ouvia, e despediu-se dos estrangeiros. Mas no dia seguinte, uma proclamação real foi lida por todas as ruas da cidade; procuravam um novo escriba para a corte. Na data marcada, o salão de audiências estava cheio de gente, ansiosa para competir por tão cobiçado cargo. O primeiro ministro entrou, pediu que todos preparassem seus blocos e canetas:
- Eis o tema da dissertação: por que um velho homem chora, uma mulher careca dança, e um rapaz triste canta?
Um murmúrio de espanto percorreu toda a sala: ninguém sabia contar uma história como essa! Excepto um jovem com roupas humildes, em um dos cantos da sala, que abriu um largo sorriso e começou a escrever. (baseado em um conto indiano)
domingo, 14 de dezembro de 2008
Tuberculose...
É uma infecção causada por um microrganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido por bacilo de Koch.
A doença costuma afectar os pulmões mas pode, também, ocorrer em outros órgãos do corpo, mesmo sem causar dano pulmonar.
Esta doença ocorre em todo mundo. A Organização Mundial de Saúde estimou a presença de 8 milhões de novos casos de tuberculose activa no mundo somente no ano de 1990, com aproximadamente 2,6 milhões de mortes naquele ano. Com o surgimento da Síndrome da Imunodeficiência Humana (SIDA) no início da década de 80, o número de casos da doença aumentou bastante.
A tuberculose é mais comum nas áreas do mundo onde há muita pobreza, promiscuidade, desnutrição, má condição de higiene e uma saúde pública deficitária. Os países com maior incidência da doença são a Índia, China, Indonésia, Bangladesh, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Congo, Rússia e Brasil.
No Brasil, em 1996, 5.928 mortes foram oficialmente atribuídas a tuberculose - valor este, certamente, subestimado. Em 1998, ocorreram no Brasil 51,3 casos de tuberculose para cada 100 mil habitantes. A situação no norte e nordeste do país é mais grave, por serem regiões socioeconomicamente desfavorecidas. Esta doença tem incidência elevada em áreas confinadas como prisões, lares de idosos e quartéis.
Como se adquire?
Geralmente, pega-se a doença pelo ar contaminado eliminado pelo indivíduo com a tuberculose nos pulmões. A pessoa sadia inala gotículas, dispersas no ar, de secreção respiratória do indivíduo doente. Este, ao tossir, espirrar ou falar, espalha no ambiente as gotículas contaminadas, que podem sobreviver, dispersas no ar, por horas, desde que não tenham contacto com a luz solar. A pessoa sadia, respirando no ambiente contaminado, acaba inalando esta mico bactéria que se implantará num local do pulmão. Em poucas semanas, uma pequena inflamação ocorrerá na zona de implantação. Não é ainda uma doença. É o primeiro contacto do germe com o organismo (primo infecção). Depois disso, esta bactéria pode se espalhar e se alojar em vários locais do corpo.
Se o sistema de defesa do organismo estiver com uma boa vigilância, na maioria dos casos, a bactéria não causará doença, ficará sem actividade (período latente). Se, em algum momento da vida, este sistema de defesa diminuir, a bactéria que estava no período latente poderá entrar em actividade e vir a causar doença. Mas, também há a possibilidade da pessoa adquirir a doença no primeiro contacto com o germe.
Então, após a transmissão do bacilo de Koch pela via inalatória, quatro situações podem ocorrer:
1.O indivíduo, através de suas defesas, elimina o bacilo;
2.A bactéria se desenvolve, mas não causa a doença;
3.A tuberculose se desenvolve, causando a doença – chamada de tuberculose primária;
4.A activação da doença vários anos depois – chamada de tuberculose pós-primária (por reactivação endógena).
Existe também a tuberculose pós-primária a partir de um novo contágio que ocorre, usualmente, por um germe mais virulento (agressivo).
A contagiosidade da doença depende:
da extensão da doença – por exemplo, pessoas com “cavernas” no pulmão ou nos pulmões, tem maior chance de contaminar outras pessoas. As “cavernas” são lesões como cavidades causadas pelo bacilo da tuberculose no doente. Dentro destas lesões existem muitos bacilos;
da liberação de secreções respiratórias no ambiente através do ato de tossir, falar, cantar ou espirrar;
das condições do ambiente – locais com pouca luz e mal ventilados favorecem o contágio;
do tempo de exposição do indivíduo sadio com o doente.
Devemos lembrar que a intensidade do contacto é importante. A pessoa de baixa renda que vive no mesmo quarto de uma casa pequena e mal ventilada com uma pessoa com tuberculose pulmonar, está mais propensa a adquirir a doença do que outra que tem contacto eventual ou ao ar livre com um doente.
Por outro lado, os bacilos que são depositados pelo doente em toalhas, roupas, copos, pratos e outros não representam um risco para transmissão da doença.
Que factores facilitam o surgimento da doença?
Morar em região de grande prevalência da doença;
Ser profissional da área da saúde;
Confinamento em asilos, presídios, manicómios ou quartéis;
Ser negro – a raça negra parece ser mais suscetível à infecção pelo bacilo da tuberculose;
Predisposição genética;
Idade avançada;
Desnutrição;
Alcoolismo;
Uso de drogas ilícitas;
Uso cronico de medicações como os transplantados de órgãos usam, o corticosteróide ou outras que também diminuam a defesa do organismo;
Doenças como SIDA, diabete, insuficiência crónica dos rins, silicose (doença crónica pulmonar) ou tumores.
Tuberculose e SIDA..
Desde o seu surgimento no início da década de 80, o vírus da Síndrome da Imunodeficiência Humana (HIV) tornou-se um dos principais factores de risco para o desenvolvimento da tuberculose nas pessoas infectadas (“portadoras”) pelo Mycobacterium tuberculosis. A chance do indivíduo infectado pelo HIV adoecer de tuberculose é de aproximadamente 10% ao ano, enquanto que no indivíduo imunocompetente é de 10% ao longo de toda a sua vida.
No Brasil, conforme a faixa etária, a co-infecção tuberculose-HIV pode chegar até em torno de 25%.
Quais são os sinais e sintomas?
tosse persistente que pode estar associada à produção de escarro
pode ter sangue no escarro ou tosse com sangue puro
febre
suor excessivo à noite
perda de peso
perda do apetite
fraqueza
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico presuntivo é feito baseado nos sinais e sintomas relatados pelo paciente, associados a uma radiografia do tórax que mostre alterações compatíveis com tuberculose pulmonar. O exame físico pode ser de pouco auxílio para o médico.
Já o diagnóstico de certeza é feito através da colecta de secreção do pulmão. O escarro (catarro) pode ser colectado (de preferência, pela manhã) ao tossir. Devem ser avaliadas, inicialmente, duas amostras colhidas em dias consecutivos. Podem ser necessárias amostras adicionais para obtenção do diagnóstico. Encontrando o Mycobacterium tuberculosis está confirmada a doença.
Outro teste utilizado é o teste de Mantoux, que pode auxiliar no diagnóstico da doença. É feito injectando-se tuberculina (uma substância extraída da bactéria) debaixo da pele. Se, após 72-96h, houver uma grande reacção de pele, significa que pode haver uma infecção activa ou uma hipersensibilidade pela vacinação prévia com BCG feita na infância. Então, este exame não confirma o diagnóstico, mas pode auxiliar o médico.
Existem outros recursos para a confirmação da doença. Dentre eles está o aspirado gástrico – é aspirado conteúdo do estômago à procura do bacilo contido no escarro deglutido. É mais usado em crianças. Já a fibrobroncoscopia é muito utilizada nos casos em que não há expectoração. Neste exame, um aparelho flexível entra no pulmão e colecta material que deve ser encaminhado para a pesquisa do bacilo da tuberculose. Em poucos casos, a biopsia pulmonar, através de cirurgia, pode ser necessária. Existem ainda outros métodos diagnósticos para auxiliar o médico.
Como se trata?
O tratamento da tuberculose é padronizado no Brasil. As medicações são distribuídas pelo sistema de saúde, através de seus postos municipais de atendimento. O tratamento inicial (preferencial), chama-se RHZ e inclui três medicações: rifampicina(R), isoniazida(H) e pirazinamida(Z). É muito eficaz. A cura usando o esquema RHZ por 6 meses, que é preconizado pelo sistema público de saúde, aproxima-se de 100% quando a medicação é utilizada de forma regular, ou seja, todos os dias.
Antes da existência de medicamentos efectivos para o combate da doença, 50% dos indivíduos morriam sem tratamento, 25% tinham cura espontânea e 25% tornavam-se doentes crónicos.
Geralmente, o tratamento dura seis meses, mas, em casos especiais, pode ser mais longo. Nos primeiros dois meses, são utilizadas as três medicações juntas. Já nos últimos quatro meses, são utilizadas a rifampicina associada a isoniazida. O motivo da utilização de mais de uma medicação contra o mesmo germe é que a taxa de resistência do microorganismo a este esquema tríplice é baixa. Os medicamentos agem em lugares diferentes, de maneira sinérgica. No caso de gestação, o tratamento não deve ser alterado. Deve ser realizado o esquema RHZ com duração de seis meses.
Dentre os efeitos indesejáveis mais frequentes causados pelas medicações contra tuberculose estão a náusea, vómitos e dor abdominal. Nestes casos, o paciente deverá comunicar seu médico.
Além do esquema de tratamento RHZ, existem outros esquemas (com outras combinações de medicações) que podem ser utilizados em situações especiais ou nos casos de falência com o tratamento de primeira linha (preferencial).
Como se previne?
Para uma boa prevenção, o mais importante é detectar e tratar todos os pacientes bacilíferos, ou seja, todos aqueles com o bacilo de Koch nos pulmões (doentes).
Para isso, é muito importante um bom sistema público de controle da doença, para identificar precocemente os doentes, evitando que novos casos apareçam.
O doente durante as duas primeiras semanas de tratamento pode contagiar ainda outros indivíduos. Portanto, deve proteger a boca com a mão ao tossir ou espirrar. Também deverá procurar não ficar próximo, principalmente em lugares fechados, às pessoas sadias. Estes são cuidados simples para que a doença não contamine outros indivíduos.
Outra conduta importante é o controle dos comunicantes. Comunicantes são aquelas pessoas que têm contacto íntimo com o doente (vivem na mesma casa, por exemplo). Estes devem ser investigados pelo médico assistente através de exames solicitados na consulta médica.
Se for indicado, os comunicantes devem iniciar a quimioprofilaxia, um tratamento feito com isoniazida com o intuito de prevenir a doença nos comunicantes. Ela é realizada durante seis meses. Em alguns casos especiais, podem durar mais tempo.
Além disso, a vacinação com BCG no recém-nascido, protege as crianças e os adultos jovens contra as formas graves de tuberculose primária como a miliar (disseminada nos pulmões e outros órgãos) e a meningite tuberculosa. A eficácia da vacina está entre 75 e 85%.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Qual a conduta no caso da tuberculose, durante a gravidez?
Como fica a situação do recém-nascido que vive com um adulto com tuberculose?
Os remédios para tuberculose diminuem o efeito do anticoncepcional oral?
Quais são os efeitos colaterais mais frequentes que podem surgir com o uso dos medicamentos contra tuberculose?
As pessoas com doença crónica do fígado podem fazer o tratamento usual contra tuberculose?
Anorexia...
Como é o paciente com anorexia?O paciente anoréctico só se destaca pelo seu baixo peso. Isto significa que no seu próprio ambiente as pessoas não notam que um determinado colega está doente, pelo seu comportamento. Mas se forem juntos ao restaurante ficará evidente que algo está errado. O paciente com anorexia não considera seu comportamento errado, até recusa-se a ir ao especialista ou tomar medicações. Como não se considera doente é capaz de falar desembaraçadamente e convictamente para os amigos, colegas e familiares que deve perder peso apesar de sua magreza. No começo as pessoas podem até achar que é uma brincadeira, mas a contínua perda de peso apesar da insistência dos outros em convencer o paciente do contrário, faz soar o alarme. Aí os parentes se assustam e recorrem ao profissional da saúde mental.Os pacientes com anorexia podem desenvolver um paladar estranho ou estabelecer rituais para a alimentação. Algumas vezes podem ser flagrados comendo escondidos. Isto não invalida necessariamente o diagnóstico embora seja uma atitude suspeita.Depois de recuperado o próprio paciente, já com seu peso restabelecido e com a recordação de tudo que se passou não sabe explicar porque insistia em perder peso. Na maioria das vezes prefere não tocar no assunto, mas o fato é que nem ele mesmo concorda com a conduta insistente de emagrecer. Essa constatação no entanto não garante que o episódio não volte a acontecer. Depois de recuperados esses pacientes retornam a sua rotina podendo inclusive ficar acima do peso.Há dois tipos de pacientes com anorexia. Aqueles que restringem a alimentação e emagrecem e aqueles que têm episódios denominados binge. Nesses episódios os pacientes comem descontroladamente até não aguetarem mais e depois vomitam o que comeram. Às vezes a quantidade ingerida foi tão grande que nem é necessário induzir o próprio vomito: o próprio corpo se encarrega de eliminar o conteúdo gástrico. Há casos raros de pacientes que rompem o estômago de tanto comerem.
Qual o curso dessa patologia?A idade média em que surge o problema são 17 anos. Encontramos muitos primeiros episódios entre os 14 e os 18 anos. Dificilmente começa depois dos 40 anos. Muitas vezes eventos negativos da vida da pessoa desencadeiam a anorexia, como perda de emprego, mudança de cidade, etc. Não podemos afirmar que os eventos negativos causem a doença, no máximo só podemos dizer que o precipitam. Muitos pacientes têm apenas um único episódio de anorexia na vida, outros apresentam mais do que isso. Não temos por enquanto meios de saber se o problema voltará ou não para cada paciente: sua recidiva é imprevisível. Alguns podem passar anos em anorexia, numa forma que não seja incompatível com a vida mas também sem restabelecer o peso ideal. Mantendo-se inclusive a auto-imagem distorcida. A internação para a reposição de nutrientes é recomendada quando os pacientes atingem um nível crítico de risco para a própria saúde.
Sobre quem a anorexia costuma incidir?As mulheres são largamente mais acometidas pela anorexia, entre 90 e 95% dos casos são mulheres. A faixa etária mais comum é a dos adultos jovens e adolescentes podendo atingir até a infância, o que é bem menos comum. A anorexia é especialmente mais grave na fase de crescimento porque pode comprometer o ganho esperado para a pessoa, resultando numa estatura menor do que a que seria alcançada caso não houvesse anorexia. Na fase de crescimento há uma necessidade maior de ganho calórico: se isso não é obtido a pessoa cresce menos do que cresceria com a alimentação normal. Caso o episódio dure poucos meses o crescimento pode ser compensado. Sendo muito prolongado impedirá o alcance da altura geneticamente determinada. Na população geral a anorexia atinge aproximadamente 0,5%, mas suspeita-se que nos últimos anos o número de casos de anorexia venha aumentando. Ainda é cedo para se afirmar que isto se deva ao modelo de mulher magra como o mais atraente, divulgado pela mídia, esta hipótese está sendo extensivamente pesquisada. Para se confirmar se a incidência está crescendo são necessários anos de estudo e acompanhamento da incidência, o que significa um procedimento caro e demorado. Só depois de se confirmar que o índice de anorexia está aumentando é que se poderá pesquisar as possíveis causas envolvidas. Até bem pouco tempo acreditava-se que a anorexia acontecia mais nas sociedades industrializadas. Na verdade houve falta de estudos nas sociedades em desenvolvimento. Os primeiros estudos nesse sentido começaram a ser feitos recentemente e constatou-se que a anorexia está presente também nas populações desfavorecidas e isoladas das propagandas do corpo magro.
O tratamento da anorexia continua sendo difícil. Não há medicamentos específicos que restabeleçam a correta percepção da imagem corporal ou desejo de perder peso. Por enquanto as medicações têm sido paliativos. As mais recomendadas são os antidepressivos tricíclicos (possuem como efeito colateral o ganho de peso). Os antidepressivos inibidores da receptação da serotonina têm sido estudados mas devem ser usados com cuidado uma vez que podem contribuir com a redução do apetite. É bom ressaltar que os pacientes com anorexia têm o apetite normal, ou seja, sentem a mesma fome que qualquer pessoa. O problema é que apesar da fome se recusam a comer. As psicoterapias podem e devem ser usadas, tanto individuais como em grupo ou em família.A indicação dependerá do profissional responsável. Por enquanto não há uma técnica especialmente eficaz. Forçar a alimentação não deve ser feita de forma rotineira. Só quando o nível de desnutrição é ameaçador. Forçar alimentação significa internar o paciente e fornecer alimentos líquidos através de sonda naso-gástrica. Geralmente quando se chega a isso torna-se necessário também conter (amarrar) o paciente no leito para que ele não retire a sonda.
Ametista
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Inundações
domingo, 30 de novembro de 2008
O novo Presidente dos USA...
Frei Betto
A partir do próximo 20 de janeiro, Barak Obama, filho de pai africano e mãe usamericana, vai ocupar, ao menos por quatro anos, a cadeira presidencial da Casa Branca.
Numa nação profundamente marcada pelo racismo, como os EUA, este sonho se tornou realidade graças à corajosa atitude, em 1955, de Rosa Parks. Costureira, militante do Movimento Negro, aos 42 anos, no dia 1o de Dezembro de 1955, Rosa entrou no ónibus em Montgomery, Alabama, e ocupou o único assento vago.
Pouco depois, ingressou um homem branco. Exigiu que ela se levantasse para ele se acomodar. Todos no Alabama conheciam a lei: no transporte público, brancos tinham precedência sobre negros. Rosa fez como Antígona e, entre a lei e a justiça, escolheu esta última. Manteve-se sentada.
Presa, foi liberada após pagar multa. Ficou desempregada e sofreu ameaças de morte, que a obrigaram a se mudar para Detroit. Entrevistada, afirmou: “A verdadeira razão de eu não ter cedido meu banco no ónibus foi porque senti que tinha o direito de ser tratada como qualquer outro passageiro”.
Logo, sua atitude solitária transformou-se em solidária. Um jovem pastor da Igreja Baptista, Martin Luther King Jr., incentivou seus fiéis negros a seguir-lhe o exemplo. No Alabama, a população negra boicotou o transporte público por mais de um ano, até derrubar a lei racista. Rosa havia acendido o estopim da causa usamericana pelos direitos civis e contra o apartheid. Por toda parte os negros abraçavam a desobediência civil e repetiam: I’m black, I’m proud (Sou negro e me orgulho).
Rosa não viveu o suficiente para participar da posse de Obama. Morreu aos 92 anos. Em sua homenagem, a empresa de computadores Apple gravou na logomarca de seu site Think different (Pense diferente) e, abaixo, “Rosa Parks (1913-2005)”.
Há algo de novo no Continente americano: as elites econômicas já não coincidem com as políticas. Lula no Brasil, Morales na Bolívia, Chávez na Venezuela, Correa no Equador, Lugo no Paraguai e, agora, Obama nos EUA, destoam completamente do DNA das tradicionais oligarquias políticas do Continente. Sinal de que a democracia virtual está seriamente ameaçada pela democracia real, multi cultural, sobretudo agora que a crise do capitalismo desmoraliza o dogma da auto-regulação do mercado e apela à intervenção do Estado.
Obama é tudo aquilo que merece o desprezo dos WASP, sigla usamericana que significa “Branco, Anglo-Saxão e Protestante”, marca da parcela racista da elite dos EUA.
Já na década de 80, as coisas pareciam fora de controle quando Jesse Jackson, também negro, concorreu à presidência, em 1984 e 1988. Aliás, a linguagem, como diria Freud, revela significados além de sua etimologia. Muitos se referem a Obama como “afro-americano”. Ninguém jamais chamou Bush de “euro-americano”, ou qualquer um de nós, brancos, descendentes de espanhóis e portugueses que colonizaram a América Latina, de “ibero-americano”.
Por falar em palavras, uma que precisa perder espaço nos dicionários e em nosso vocabulário é raça, quando aplicada a seres humanos. Segundo a biologia, ela não existe. Há tão-somente a espécie humana.
Nossas individualidades e identidades não são construídas a partir da coloração epidérmica, e sim da multidimensional idade de nossa interacção social. Portanto, não faz sentido falar em Estatuto da Igualdade Racial ou em Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial.
Precisamos construir uma sociedade e uma cultura desnacionalizadas. Como afirma o cientista Sérgio Danilo Pena, do Projecto Genoma Humano, “um pensamento reconfortante é que, certamente, a humanidade do futuro não acreditará em raças mais do que acreditamos hoje em bruxaria. E o racismo será relatado no futuro como mais uma abominação histórica passageira, assim como percebemos hoje o disparate que foi a perseguição às bruxas”.
Obama pode se revelar uma caixa de surpresas. Mas é gratificante vê-lo e a Lewis Hamilton, campeão da Fórmula 1, se destacarem num universo até então monopolizado pelos brancos.
Frei Betto é escritor, autor de “A arte de semear estrelas” (Rocco), entre outros livros.
Reflexão...
Um agricultor coleccionava cavalos e só lhe faltava uma determinada raça.Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha esse determinado cavalo e atazanou-o até conseguir comprá-lo.Um mês depois o cavalo adoeceu e ele chamou o veterinário: - Bem, o seu cavalo está com uma virose; é preciso tomar este medicamento durante 3 dias, no terceiro dia eu regressarei e, caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.Ali perto, o porco escutava a conversa toda... No dia seguinte deram o medicamento ao cavalo e foram-se embora.
O porco aproximou-se do cavalo e disse:- Força, amigo! Levanta-te daí, senão serás sacrificado!!!No segundo dia, deram-lhe o medicamento e foram-se embora.
O porco aproximou-se do cavalo e disse: - Vamos lá amigo, levanta-te senão vais morrer! Vamos lá, eu ajudo-te a levantar... Upa! Um, dois, três!No terceiro dia deram-lhe o medicamento e o veterinário disse:- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos. Quando se foram embora, o porco aproximou-se do cavalo e disse:- É agora ou nunca, levanta-te depressa! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! Óptimo, vamos, um, dois, três, agora mais depressa, vá... Fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!!! Tu venceste, Campeão!!! Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo a correr no campo e gritou:- Milagre!!! O cavalo melhorou! Isto merece uma festa... para comemorar, vamos matar o porco!!!Reflexão:Isto acontece com frequência no ambiente de trabalho e na vida também. Dificilmente se percebe quem é o funcionário que tem o mérito pelo sucesso.
Por isso "saber viver sem ser reconhecido é uma arte".Se algum dia alguém te disser que o teu trabalho não é de um profissional, lembra-te:
"Amadores construíram a Arca de Noé e profissionais construíram o Titanic". "Procura ser uma pessoa de valor, em vez de uma pessoa de sucesso
sábado, 22 de novembro de 2008
Um Adeus com gosto de... saudades
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
AMOR SEM ILUSÃO...
Conta-se que um jovem caminhava pelas montanhas nevadas da velha Índia, absorvido em profundos questionamentos sobre o amor, sem poder solucionar suas ansiedades. Ao longo do caminho, à sua frente, percebeu que vinha em sua direcção um velho sábio. E porque se demorasse em seus pensamentos sem encontrar uma resposta que lhe aquietasse a alma, resolveu pedir ao sábio que o ajudasse. Aproximou-se e falou com verdadeiro interesse: - Senhor, desejo encontrar minha amada e construir com ela uma família com bases no verdadeiro amor. - Todavia, sempre que me vem à mente uma jovem bela e graciosa e eu a olho com atenção, em meus pensamentos ela vai se transformando rapidamente. - Seus cabelos tornam-se alvos como a neve, sua pele rósea e firme fica pálida e se enche de profundos vincos. - Seu olhar vivaz perde o brilho e parece perder-se no infinito. Sua forma física se modifica acentuadamente e eu me apavoro. - Desejo saber, meu sábio, como é que o amor poderá ser eterno, como falam os poetas? Nesse mesmo instante aproxima-se de ambos uma jovem envolta em luto, trazendo no rosto expressões de profunda dor. Dirige-se ao sábio e lhe fala com voz embargada: - Acabo de enterrar o corpo de meu pai que morreu antes de completar 50 anos. - Sofro porque nunca poderei ver sua cabeça branca aureolada de conhecimentos. Seu rosto marcado pelas rugas da experiência, nem seu olhar amadurecido pelas lições da vida. - Sofro porque não poderei mais ouvir suas histórias sábias nem contemplar seu sorriso de ternura. - Não verei suas mãos enrugadas tomando as minhas com profundo afecto. Nesse momento o sábio dirigiu-se ao jovem e lhe falou com serenidade: - Você percebe agora as nuanças do amor sem ilusões, meu jovem? - O amor verdadeiro é eterno porque não se apega ao corpo físico, mas se afeiçoa ao ser imortal que o habita temporariamente. - É nesses sentimentos sem ilusões nem fantasias que reside o verdadeiro e eterno amor. A lição do velho sábio é de grande valia para todos nós que buscamos as belezas da forma física sem observar as grandezas da alma imortal. O sentimento que valoriza somente as aparências exteriores não é amor, é paixão ilusória. O amor verdadeiro observa, além da roupagem física que se desgasta e morre, a alma que se aperfeiçoa e a deixa quando chega a hora, para prosseguir vivendo e amando, tanto quanto o permita o seu coração imortal. Pense nisso! As flores, por mais belas que sejam, um dia emurchessem e morrem... Mas o seu perfume permanece no ar e no olfacto daqueles que o souberam guardar em frascos adequados. O corpo humano, por mais belo e cheio de vida que seja, um dia envelhece e morre. Mas as virtudes do espírito que dele se liberta continuam vivas nos sentimentos daqueles que as souberam apreciar e preservar, no frasco do coração.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Lista da Normalidade...
1) É normal" qualquer coisa que nos faça esquecer quem somos e o que desejamos, de modo que possamos trabalhar para produzir, reproduzir e ganhar dinheiro.
2) Ter regras para a eventualidade de se desencadear uma guerra ( Convenção de Genebra ).
3) Perder anos a estudar numa Universidade para depois não se conseguir arranjar emprego.
4)Trabalhar das nove da manhã às cinco da tarde em qualquer coisa que não nos proporciona o mínimo prazer, desde que depois nos possamos aposentar após trinta anos de trabalho.
5) Aposentar-se, descobrir que já não se tem energia para desfrutar a vida e morrer passados poucos anos, de tédio.
6) Usar botox.
7) Perceber que o poder é muito mais importante do que o dinheiro, e o dinheiro é muito mais importante do que a felicidade.
8) Ridicularizar quem busca a felicidade em vez do dinheiro, chamando-lhe uma "pessoa sem ambição".
9) Comparar objectos, como automóveis, casas, roupa, e definir a vida em função destas comparações, em vez de tentar realmente conhecer a verdadeira razão de se estar vivo.
10) Não conversar com estranhos. falar mal do vizinho.
11) Achar sempre que os pais têm razão.
12) Casar, ter filhos, continuar juntos mesmo que o amor tenha acabado, alegando que é para o bem da criança ( como se esta não assistisse às constantes discussões).
13) Criticar todas as pessoas que tentam ser diferentes.
14) Acordar com um despertador histérico ao lado da cama.
15) Acreditar em absolutamente tudo o que está impresso.
16) Usar um pedaço de tecido colorido amarrado ao pescoço, sem qualquer função aparente, mas ao qual se dá o pomposo nome de "gravata".
17) Nunca ser directo nas perguntas, mesmo que a outra pessoa perceba o que se quer saber.
18) Manter um sorriso nos lábios, mesmo quando se está cheio de vontade de chorar. E ter piedade de todos os que demonstram os seus próprios sentimentos.
19) Considerar que a arte vale uma fortuna, ou que não vale absolutamente nada.
20) Desprezar sempre aquilo que não foi difícil de obter, porque não se faz o "sacrifício necessário", e portanto não deve ter as qualidades requeridas.
21) Seguir a moda, mesmo que tudo pareça ridículo e desconfortável. 22)
Estar convencido de que todas as pessoas famosas têm rios de dinheiro acumulado. 23)
Investir muito na beleza exterior e preocupar-se pouco com a beleza interior. 24)
Usar todos os meios possíveis para mostrar que, embora seja uma pessoa normal, está infinitamente acima dos outros seres humanos.
25) Num transporte público, nunca olhar para alguém directamente nos olhos caso contrário tal poderá ser interpretado como um sinal de sedução.
26) Quando se entra num elevador, manter o corpo voltado para a porta de saída, e fingir que é a única pessoa que lá está dentro, por mais sobrelotado que esteja.
27) Nunca rir alto num restaurante, por melhor que seja a piada.
28) No hemisfério Norte, usar sempre roupa que combina com a estação do ano; braço de fora na primavera ( por mais frio que esteja ) e casaco de lã no Outono ( por mais calor que esteja).
29) No hemisfério sul, encher a árvore de Natal de algodão, mesmo que o Inverno não tenha nada quer ver com o nascimento de Cristo.
30) À medida que se vai envelhecendo, julgar-se dono de toda a sabedoria do mundo, embora nem sempre tenha vivido o suficiente para saber o que está errado.
31) Ir a um chá de caridade e julgar que desta forma já colaborou o suficiente para acabar com as desigualdades sociais do mundo.
32) Comer três vezes por dia, mesmo sem ter fome.
33) Acreditar que os outros são sempre melhores em tudo: São mais bonitos, mais capazes, mais ricos, mais inteligentes. É muito arriscado aventurar-se além dos seus próprios limites e, portanto, o melhor é não fazer nada.
34) Usar o carro como uma arma e uma armadura invencível.
35) Dizer impropérios no transito.
36) Culpar as companhias que o filho escolheu de todos os erros que ele comete.
37) Casar-se com a primeira pessoa que lhe oferecer uma posição social. O amor pode esperar.
38) Dizer sempre"Eu tentei", mesmo que não tenha tentado absolutamente nada.
39) Viver as coisas mais interessantes da vida quando já tiver forças para isso.
40) Evitar a depressão com doses diária e maciças de programas televisivos.
41) Acreditar que é possível estar seguro de tudo o que conquistou.
42) Achar que as mulheres não gostam de futebol e que os homens não gostam de culinária e de decoração.
43) Culpar o Governo por tudo o que acontece de mal.
44) Estar convencido de que ser uma pessoa boa, decente e respeitadora significa ser fraca, vulnerável e facilmente manipulável aos olhos dos outros.
45) Estar igualmente convencido de que a agressividade e a falta de cortesia no trato com os outros são sinónimos de uma personalidade poderosa.
46) Ter medo de uma fibroscpia ( os homens ) e do parto ( as mulheres)... ( Do livro: O Vencedor está Só - Paulo Coelho )
Ametista
domingo, 26 de outubro de 2008
Diante da Paz...
Entendendo-se a paciência, à maneira de ciência da paz, não procures a paz, à distância, de vez que ela reside em ti mesmo.-o- A paz, no entanto, baseia-se na lei da troca que mantém o equilíbrio do Universo, através do binómio “dar e receber”. Semeia a paz, a fim de que a recolhas. Quando te não seja possível providenciar a segurança do ambiente fustigado de inquietação, mentaliza a paz por intermédio da palavra e do pensamento.-o- Ante os enfermos, cala os assuntos susceptíveis de criar agitação e oferece-lhes a tranquilidade, relacionando temas capazes de garanti-la; entretanto, se o verbo não te for facultado, envia ideias de reconforto e encorajamento aos doentes, diligenciando proteger-lhes as forças mentais, ameaçadas de desgoverno. Surpreendendo a discórdia, permanece com a verdade e aclara o caminho, mas emite pensamentos de paz, no rumo dos irmãos em contenda; e, se podes falar, pronuncia a frase edificante que consiga ajudar a extinguir os focos de perturbação ou desequilíbrio.-o- Renteando com alguma criatura menos feliz, por maiores sejam os motivos que a tornem pouco simpática, rememora os vínculos de fraternidade que nos unem fundamentalmente uns aos outros e procura ampará-la mentalmente, abençoando-lhe a presença com silenciosas mensagens de amor e renovação.-o- Se recebes notícias acerca das aflições e provas de alguém, endereça a esse alguém pensamentos de compreensão e consolo que lhe favoreçam o reajuste.-o- Conversando, acalma os que te ouvem. Escrevendo, articula imagens de optimismo e confiança, serenidade e alegria.-o- Lembrando amigos ou inimigos, envia-lhes votos de êxito nas tarefas e compromissos que abracem.-o- Seja a quem seja, auxilia como e quanto puderes, a fim de que todos os que se comunicam contigo permaneçam e paz e alegria.-o- Cada consciência, na Excelsa Criação de Deus, é núcleo de vida independente na Vida Imperecível.-o- Reflecte na importância de tua própria imortalidade e recorda, onde estejas, que a paz de teu ambiente começa invariavelmente de ti.(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Rumo Certo)
(texto recebido de Cristiano de Almeida)
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Boas Lembranças...
domingo, 12 de outubro de 2008
A Mudança...
Relacionamentos Infelizes...
Ametista
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Amigo por conveniência...
domingo, 14 de setembro de 2008
O homem sem nome...
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Adeus
domingo, 7 de setembro de 2008
A BORBOLETA
sábado, 6 de setembro de 2008
Gargalhada...
Ah! Ah! Ah! Ah!Ah! Ah! Ah! Ah!
Não vês?É preciso jogar por escadas de mármores baixelas de ouro.Rebentar colares, partir espelhos, quebrar cristais, vergar a lâmina das espadas e despedaçar estátuas, destruir as lâmpadas, abater cúpulas, e atirar para longe os pandeiros e as liras...
O riso magnífico é um trecho dessa música desvairada.
Mas é preciso ter baixelas de ouro, compreendes?— e colares, e espelhos, e espadas e estátuas.E as lâmpadas, Deus do céu!E os pandeiros ágeis e as liras sonoras e trêmulas...
Escuta bem:
Ah! Ah! Ah! Ah!Ah! Ah! Ah! Ah!
Só de três lugares nasceu até hoje essa música heróica:do céu que venta, do mar que dança, e de mim.
Cecíla Meireles
As Cidades X Províncias...
domingo, 10 de agosto de 2008
Antipatia e Empatia...
domingo, 3 de agosto de 2008
Resistir à indiferença e ao Preconceito...
Neste mundo cão em que habitamos, convivemos com vários tipos de pessoas, desde às mais solidárias, atenciosas, meigas e discretas, àquelas que não fazem questão nenhuma de mostrarem que tudo lhes passa ao lado!